A DEMOCRACIA; Uma visão rápidissima sobre o tema

 

A DEMOCRACIA; Uma visão rápidissima sobre o tema[1]

[Estudo Jean Piaget desde o início da década de oitenta, quando houve sua recepção no mundo acadêmico brasileiro. (embora algumas de suas obras já tivessem sido traduzidas e produzidas pelo Ministério da educação na década anterior: distribuídas às bibliotecas universitárias e com pouco uso na época. - não consigo precisar a data, pois teria que ter uma dessas obras em mãos)]

O quê isso tem a ver com a matéria em tela, perguntarão alguns.

Já explico: Trata-se de entender o fazer democrático.
Pois bem: antes precisamos (e quem sabe isso possa ajudar a compreender o porquê de tantas pessoas pedí-la por meios totalmente avessos a ela).

O inicio desse processo está na gênese da formação de um democrata e diretamente ligado à moralidade. Sabemos (sabemos?) que quando nasce uma criança não há ali, acerca dessa questão, ou seja, nada sabe o pequeno ser sobre moral.

A moral se desenvolve no processo de aprender!


- ao nascer somos anômicos (anomia=ausência de moral)
- ao crescer entramos na heteronomia (a moral que vem do outro; necessária e fundamental, já que as regras e os limites do ''certoeerrado'' vem dos pais, professores e comunidade. Assim se aprende!
- finalmente os agora já sujeitos, questionam o que foi emanado pelos adultos e desenvolvem autonomia.

Se fizermos um paralelo desses três níveis de moralidade do sujeito com a sociedade, teremos:
1) sociedade formada de seres anômicos, seria a anarquia.
2) sociedade de sujeitos heterônomos, seria a ditadura.
3) sociedade composta por seres autonômos, nos dá a democracia.
A autonomia nos pede ações e comportamentos de solidariedade, cooperação, respeito ao outro, reciprocidade...

A heteronomia, necessária, deve evoluir pois que as ações de sujeitos desse grupo seriam submissão, medo, respeito unilateral, imposição
Na anomia, temos ''bagunça'', negação da moral, da regra e finalmente da lei em si.
Penso que se considerarmos do que trata o artigo, a democracia, podemos ter sujeitos adultos vivendo tanto a anomia como a heteromia, já que a autonomia que permite que se seja democrático, passa necessariamente pela elaboração de acordos mútuos.

Há que haver interação verdadeira, trocas entre sujeitos.

 



[1] Inspirada por STRECK, Lenio, As lições da Alemanha na prisão de proxenetas golpistas: acorda, Brasil! In: Diário  do Centro do Mundo. 15.12.2022.

 

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